Colcha (teste à minha paciência!)

Depois de fazer mantinhas para os joelhos, pensei que podia fazer uma colcha. Ainda demorei uns meses até decidir se queria aventurar-me num projeto que ia exigir exclusividade, paciência e tempo, muito tempo. 
Escolhidos os fios (Alecrim, uma mistura de algodão e acrílico) e o modelo, entre maio e agosto do ano passado, as minhas horas vagas foram totalmente preenchidas e dedicadas à maior peça de croché que fiz até hoje (2,20 m X 2,20 m).
Se foi cansativo? Muito! Só o peso e o tempo (as últimas voltas demoravam uma eternidade)... 
Se foi desafiante? Muito, também! A sequência de cores e os pontos texturados mantinham o interesse e a motivação. 
Se foi compensador? Claramente que sim! Não me canso de a admirar e de a fotografar! :)

Segue uma breve sequência da elaboração da "DarjeelingTea Blanket"!

Mantinhas (de gato?)

Sempre que me sento para tricotar, gosto de ter uma mantinha à mão para por nos joelhos, durante o tempo frio. Admiradora dos desenhos de croché da Red Teapot Atelier, de quem já tinha feito alguns xailes (mostrados no último post de 2023), estava na hora de fazer as mantas que a Inés também (e tão bem) desenha. 
Com aproveitamento de fios (e não só), fiz três e todas têm muita serventia, sendo que a gatinha Tita é a primeira a aninhar-se na que estiver mais à mão. 
Fiz ainda uma quarta que fica para o próximo post, dada a grandeza da peça... (não é manta, é colcha!) 

Segue um breve registo da evolução de cada uma delas.

Mantinha #1 - "PaiMutanTea Blanket"

Casaco e camisola

Nem sempre me lembro de fazer registos das peças em projeto - seja com fotos, seja com rabiscos e rascunhos que depois passo a limpo - que me dão muito jeito na confeção de trabalhos similares. Do casaco e da camisola que hoje mostro, apenas me lembro do nome dos modelos e dos fios utilizados. Com tão pouca informação, hesitei publicá-los, mas... porque não?
Hack it jacket, o casaco, tricotado com fio Alpaca da Tricots Brancal e Ingrid sweater, a camisola, tricotada com Regia Premium, merino e yak.
Gosto muito do casaco, ficou no ajuste pretendido e uso-o com muita frequência, seja por cima de camisolas finas, seja por cima de camisas e de vestidos. A camisola, apesar de gostar muito do modelo e do colorido, podia ter ficado com um pouco mais de folga. Vejo-me a puxá-la para baixo cada vez que me levanto...

Um modelo, dois casacos

O ano passado, por esta altura, a senhora simpática e prestável dona da loja de lãs, Milfios, pediu-me que fizesse um casaco para uma das suas clientes. Apesar do receio, acabei por aceitar por insistência da mesma. 
Experimentei tricotar com mistura de Merino Land e Aurora, da Rosários 4 (fios e cor escolhidos pela dona do casaco) e agulhas de 3,75 mm. Fiquei fã da leveza, da delicadeza e da suavidade dos fios! 
Ainda não conheci a dona, nem sei se o casaco lhe serviu (penso que sim, pois segui as medidas apresentadas). Soube, no entanto, que a senhora gostou e que ficou muito agradecida. 
Para ficar com algum registo, tirei fotos do projeto e do resultado final (não é o meu tamanho, daí a folga visível).
Nessa altura, o meu marido mostrou vontade de ter um casaco parecido, mas não me apeteceu repetir a "proeza". Este ano ganhei coragem e, com ligeiras adaptações (alongamento dos ombros e do corpo), fiz-lhe o casaco. Usei fio Monchique, numa cor acastanhada e agulhas de 4,5 mm. 
Diz que é muito quente, confortável, leve e macio e que não se vai cansar de o "passear"! 

Costurinhas, também há!

Tendo a sorte de trabalhar perto de casa, procuro ir e vir a pé. Saio de manhã, levo a bolsa da escola com as tralhas, ao meio-dia venho almoçar e trago apenas o essencial: as chaves de casa e o telemóvel. Como precisava de uma bolsinha para transportar esses indispensáveis apetrechos, matei saudades da máquina de costura e fiz a bolsinha com alguns retalhos que aguardavam serventia.
As pegas e a luva que se lhe seguem são também aproveitamento de restos, um vício que está meio adormecido (por causa do tricô), mas nada, nada esquecido (para rimar...)! :)

"Lyon Sweater"

Tenho optado por não esperar pelo "momento certo" com a "luz adequada" para fotografar as peças (de preferência no exterior) e, antes que me dê a preguiça, aproveito o que visto e tiro meia dúzia de fotos. Toda a gente sabe que isto não é, nem pretende ser, um blog sobre fotografia e por isso prefiro deixar o registo em modo caseiro, sem qualquer pretensão a não ser aquela que serve única e exclusivamente o propósito deste cantinho: mostrar o que tenho feito!
O modelo da camisola que hoje vesti chama-se "Lyon" e fi-la com fio verde "Alpaca", uma mistura de merino e alpaca. Aproveitei uma mega promoção dos fios da Tricots Brancal que, infelizmente, fechou portas em Leiria. 
Usei agulhas de 5 mm e fiz o tamanho mais pequeno. As riscas são sobras que não chegaram para encher o corpo (como prevê a receita), mas não deixaram de dar graça à camisola.
É uma peça de tricô fácil e acessível que cresce rapidamente. Tem alguns pormenores interessantes e desafiantes q.b. (refiro-me aos aumentos do decote e dos ombros) que ajudam a manter a motivação de uma tricotadeira experiente.